Com mais de 20 anos de experiência, Ricardo já ajudou a transformar a vida de milhares de pessoas através de suas orientações  e conhecimentos sobre a vida espiritual.

Acreditando ou não em destino, ou na influência dos astros, é inegável que Ricardo Muri parece ter nascido para a astrologia. Capixaba morador de Brasília, com apenas 9 anos de idade começou a mostrar seus primeiros passos no mundo espiritual em uma simples brincadeira com feijões nos almoços de domingo, quando respondia perguntas sobre a vida e o futuro. Aos 15, aprendeu a quiromancia intuitivamente e hoje, aos 40 anos, formado em relações internacionais e com pós-graduação em pesquisa astrológica, ostenta uma extensa clientela de celebridades que inclui globais, atletas, empresários e grandes nomes da música, mais de 6 mil mapas realizados em quase quatro anos e mais de 200 mil seguidores no Instagram.

Há quem diga que a espiritualidade é um dom e a história de Ricardo confirma essa teoria. Órfão de pai, Muri passava pouco tempo com a mãe quando criança, “não a julgo, mas quando meu pai faleceu, minha mãe tinha apenas 29 anos e saía muito. Durante a semana era só trabalho e aos fins de semana, mal nos víamos”, conta. Para terem um tempo juntos, a matriarca começou a fazer os almoços de domingo em casa e pedia para o filho separar feijões: “Eu pedia para ela me fazer perguntas e jogava os carocinhos de feijão para encontrar a resposta. Para mim, estava só conquistando a minha mãe para passar mais tempo comigo, me divertindo com ela”, relembra o astrólogo sobre o começo.

A brincadeira foi crescendo e, como intuição materna não falha, a mãe de Ricardo comprou um baralho cigano e presenteou o filho de apenas 9 anos. “O que era o nosso almoço de domingo, tornou-se nosso sábado à noite com algumas amigas da família me pedindo para jogar Tarot para elas”, diz o astrólogo. Logo, teve a oportunidade de ler as cartas para um empresário da região onde morava, e fez uma previsão não muito boa: “Avisei que ele iria quebrar. Todos riram. Em 5 meses ele retornou e disse que estava vendendo a sua empresa para não perder tudo o que havia construído até então”. Foi quando aconteceu a verdadeira virada e o que era apenas uma brincadeira, transformou-se em uma imensurável fila na porta de Ricardo.

Muito novo para tamanha responsabilidade espiritual, as consequências começaram a aparecer.

Enjoos constantes e problemas intestinais fizeram o menino acreditar que estava doente: “foi quando pedi ajuda ao meu guia espiritual e ele me disse que ainda não era o momento para isso. Eu comecei a fugir da minha espiritualidade como o diabo foge da cruz”, afirma.

Começou a trabalhar aos 11 anos, bem longe de sua verdadeira vocação. De família humilde, Ricardo começou a carreira como vendedor de picolés e chaveiros e aos 14 teve sua carteira assinada em uma loja de material de construção de Guarapari. Nessa ocasião, aprendeu a arte de ler mãos sozinho, por pura intuição. Ainda distante de sua espiritualidade, tornou-se vendedor de saco de lixo em Brasília para se sustentar durante a faculdade, onde se formou em Relações Internacionais na UNICEUB.

Astros versus coração partido

Grandes transformações surgem do caos e com Ricardo não foi diferente. A espiritualidade ressurgiu em sua vida através de um coração partido. “Conheci minha primeira namorada e era apaixonado por ela. Namoramos por 4 anos, até que ela passou para uma faculdade de outra cidade e eu quis morrer. Ao mesmo tempo, minha empresa fechou. Em menos de dois meses, perdi o amor da minha vida e muito dinheiro. Quis desistir, pedia para Deus me levar”. Neste momento, um de seus colegas de faculdade lhe indicou buscar respostas na astrologia, “duvidei, o chamei de doido”, relembra Muri.

Francisco Seabra era um dos maiores astrólogos do país e foi o primeiro contato de Ricardo com a astrologia, “é um cara incrível, hoje é um dos meus melhores amigos, como um pai pra mim”, conta sobre seu professor. “Na época, ele disse que aquela fase ruim duraria dois anos, mas que um dia eu riria de tudo aquilo, pois o meu mapa era muito fora da curva. Então aos 21 anos, a Astrologia entrou na minha vida, encontrei minhas respostas nela e me tornei completamente apaixonado”. Pouco tempo depois, iniciou o curso na UniAstrologia de Brasília, seguido da Pós-Graduação também na UNICEUB e uma especialização na Natural Vibe. De acordo com o astrólogo, o segredo é nunca parar de buscar conhecimento.

Astrólogo das estrelas

Nos últimos dois anos veio o grande

“boom” da carreira de Ricardo Muri, quando se consagrou como o astrólogo das celebridades. Em janeiro de 2018, Ricardo foi procurado pela bailarina

Lorena Improta para uma consulta e foi quando tudo começou de verdade.

Alguns posts espontâneos no instagram da musa fizeram com que a procura por consultas com o astrólogo aumentassem exponencialmente, principalmente entre celebridades. “De repente me vi fazendo o mapa da Kelly Key, do Wanderlei Silva, do Fabrício Werdum, Juliana Paes,

Wanessa Camargo e de tantos outros famosos, e eles iam me repostando, até que eu comecei a ser conhecido como o Astrólogo dos Famosos” conta.

“De repente eu vi que as pessoas ficavam empolgadas por falar comigo, de se consultarem com a mesma pessoa que um ídolo. Mas eu não gosto de dizer que tenho fãs, eu tenho irmãos e irmãs. Não trabalho o meu ego e vaidade, mas fico muito feliz e animado com tudo isso”, diz

Ricardo sobre o momento em que percebeu o próprio reconhecimento.

A importância da Astrologia

Diferente do preconceito imposto ao misticismo, Ricardo se diz cristão e afirma que Deus e a astrologia andam juntos: “A fonte de todo conhecimento do universo é somente uma: Jesus Cristo, Deus e o

Espírito Santo. Porém a mãe da espiritualidade é a astrologia”, afirma, citando que as primeiras pessoas a encontrarem Cristo na terra, os três reis magos, eram astrólogos.

“A astrologia vai muito além do conhecimento raso, ela explica tudo, desde a sua ligação dessa vida com a vida passada, seu propósito na terra, onde estão suas feridas mais profundas”, revela.

“A astrologia elimina seu ego e amplia sua consciência, seu eu interior. O que não é sinônimo de pobreza. Como o exemplo do rei Salomão, um dos homens mais sábios e mais ricos que estiveram na terra. A sabedoria e a prosperidade andam juntas quanto mais você aumenta sua espiritualidade, mais você prospera”, diz Ricardo sobre a busca por este conhecimento.

Para os que estão começando, Muri dá dicas do que é necessário: “Estudar é sempre importante, mas é necessário algo a mais. E preciso sensibilidade. Como Provérbios, na Bíblia, não é um português claro. Só há uma forma de aprender: com amor e com o Espírito Santo. Também como a Bíblia, há duas partes difíceis, que é interpretar e colocar em prática. Você precisa confiar na astrologia para desenvolver suas propriedades paranormais e virar um aprendiz de sábio, como diz no livro de Mateus 2:12”.

Na prática, a dica é viver o que se estuda.

O astrólogo conta que ao longo de seus 20 anos de carreira, foi sua própria cobaia. “Uma vez por mês, olho meus trânsitos, minhas revoluções solares, que é o melhor lugar do mundo para passar o aniversário, tanto que há 14 anos eu viajo no meu aniversário. Fui analisando cada movimento do meu mapa tentando acertar cada vez mais”.

Preconceito e charlatanismo

Durante muitos anos, a profissão de astrólogo foi cercada por preconceitos e não é à toa. Diversos charlatões ganharam espaço e tomaram a voz dos verdadeiros profissionais. Assim como a maioria, Ricardo também sentiu o preconceito. “A maioria das pessoas achavam que eu era gay, que eu era do capeta, eu tive muita resistência. Até mesmo da família de uma namorada que não me aceitava por causa da astrologia e eu nem trabalhava com isso na época”, diz, afirmando que nada o fez desistir.

Hoje, do outro lado do balcão, Ricardo teme por profissionais que usam seu dom de maneira pejorativa contribuindo para o preconceito. “Muitas pessoas com milhares de seguidores falam cada bobagem! Usam da sensibilidade dos outros para mexer com eles, com falsas previsões. A única pessoa que tem plena consciência do amanhã é Jesus. O resto são meras possibilidades”, e dá as dicas para quem está buscando profissionais, mas quer fugir dos charlatões: “não faça um mapa de primeiro impacto, pegue referência com amigos, siga com paciência, conheça a fundo o trabalho do profissional. Não só em astrologia, mas em toda a espiritualidade”.

Desejos e questionamentos

E se você pudesse perguntar qualquer coisa e obter uma resposta? Assim muitas pessoas enxergam a astrologia. “As pessoas me pedem os números da mega-sena. Eu nunca passei, primeiro porque eu não sei, mas se soubesse também não passaria. Nós só conseguimos entender uma tendência do futuro. Certezas, só Deus”, aponta Ricardo, mostrando como a ciência realmente funciona. O astrólogo diz que poucas coisas o incomodam mais do que quando perguntam a data da morte, ou pior, quando vê um profissional respondendo a questão, ” você mata a pessoa antes da data. Eu jamais avisaria a alguém, isso é matar o dom maravilhoso que é acreditar que tudo pode ficar bem, mata a fé”, afirma, dizendo que muitas coisas sobre o futuro são omitidas. “Eu não invisto no ego das pessoas. Só digo algo quando fará crescer bondade, amor, família”.

Quanto às perguntas mais feitas, nada é mais latente ao ser humano do que o amor e o propósito de vida. “O que 80% das pessoas que me procuram mais querem saber é sobre amor, sobre o emocional, quando vão casar, se são amadas, ou porque sofrem tanto, por exemplo. O restante é para descobrir seu propósito de vida, a missão de alma.

Poucas pessoas me procuram para ficarem mais ricas”. Em suma, pelas palavras do astrólogo, é como se as pessoas estivessem no escuro e o buscassem para ligar um disjuntor, e com as luzes acesas, enxergassem seu interior.

O futuro

Em um mundo pós pandemia, tudo vem mudando de forma abrupta e Ricardo confirma que de fato, nada nunca mais será igual, mas muito melhor do que antes. “O mundo está se encaminhando para a nova raça humana, para a sétima geração, ou geração dourada. Se trata do povo perfeito para Deus. É um dos meus assuntos favoritos e eu abordo todos os domingos nas minhas lives”. Muri diz que o mundo caminhará para um grande crescimento e prosperidade, segundo ele, tal qual na geração de Atlantis, 10 mil A.C.

Para completar, afirma que o Brasil será o epicentro dessa mudança, “isso está na profecia do décimo terceiro Dalai-lama”.

Sobre si mesmo, matriculado na FAS, primeira faculdade de Astrologia do mundo, em Londres, Ricardo vê um futuro cada vez mais imerso na espiritualidade. “Quero me aprofundar quanto às perguntas mais feitas, nada é mais latente ao ser humano do que o amor e o propósito de vida.

“O que 80% das pessoas que me procuram mais querem saber é sobre amor, sobre o emocional, quando vão se casar, se são amadas, ou porque sofrem tanto, por exemplo. O restante é para descobrir seu propósito de vida, a missão de alma.

Poucas pessoas me procuram para ficarem mais ricas”. Em suma, pelas palavras do astrólogo, é como se as pessoas estivessem no escuro e o buscassem para ligar um disjuntor, e com as luzes acesas, enxergassem seu interior.